Outro dia me peguei pensando:
Quanto tempo leva pra alguém se tornar um especialista de verdade em alguma coisa?
A resposta, claro, não é exata. Mas acho que dá pra concordar com uma coisa: leva tempo. Muito estudo, muita prática, muitos erros, muitos acertos… E principalmente, muita vivência.
E aí, do nada, vejo por aí gente se autodeclarando “especialista” em tecnologias que surgiram em 2022. Sim, 2022. Estamos em 2025. Três anos. Três.
Aí eu me pergunto: Será que a gente redefiniu o que é ser especialista? Ou será que agora basta fazer um curso de fim de semana, montar um perfil bonito no LinkedIn e pronto: Especialista?
Olha, eu sou o primeiro a defender que a gente precisa aprender rápido. Trabalho com tecnologia, escrevo sobre isso aqui no blog, e sei que o ritmo é insano. Tem linguagem nova, framework novo, IA nova, tudo novo o tempo todo.
Mas tem uma coisa que não muda: experiência leva tempo. E não dá pra pular essa etapa. Porque não é só sobre saber usar uma ferramenta. É sobre entender o contexto, saber o que funciona e o que não funciona, ter bagagem pra tomar decisões difíceis.
Tem muita gente confundindo “estar entusiasmado com uma tecnologia” com “dominar uma tecnologia”. E aí o mercado vira essa bagunça: um monte de “especialistas” que mal passaram da fase do tutorial.
Não tô dizendo que ninguém pode ser bom em pouco tempo. Tem gente que aprende rápido, sim. Mas ser bom é uma coisa. Ser especialista… é outra.
Enfim. Fica aqui meus dois centavos e minha provocação. Na era dos títulos fáceis, talvez o verdadeiro diferencial seja ter humildade pra reconhecer que ainda estamos aprendendo.